Quando a DANÇA começa com um LIVRO
O espetáculo de "Maroca, a Bailaroca" e o poder transformador da arte na infância.
No último sábado, vivi um daqueles momentos em que tudo faz sentido. O palco se abriu com duas personagens... lendo.
Sim. Antes de qualquer passo de dança, veio a leitura. E ali, naquela cena inicial tão delicada e poderosa, eu enxerguei tudo o que acredito como artista, educadora e escritora: a integração das artes, a potência da infância e a emoção que nasce quando a educação encontra espaço na ARTE.
A história de “Maroca, a Bailaroca”, que começou como livro, virou música e virou dança.
Nesse processo, vi crianças lendo, envolvendo-se, vivendo a narrativa com corpo e alma. Vi o livro nas mãos das famílias, a fila crescendo para garantir um exemplar, os olhinhos atentos, os corpos se preparando para entrar no palco, mas também para mergulhar num universo onde dançar é sentir.
Sim… Dançar pode ser mesmo emocionante.
Como dizia a frase projetada no telão, enquanto a música começava e Maroca ganhava vida.
Ao longo do processo, trabalhamos com as crianças temas importantes e sensíveis: a ansiedade (que se transformou, de forma lúdica, em borboletinhas na barriga), o medo, a vergonha, a tristeza, a coragem e, claro, a felicidade. Falamos sobre resiliência, sobre desafios, sobre como a arte nos ajuda a entender o mundo — e a nós mesmos.
Essa foi uma obra viva.
Tio Som compôs uma música especialmente para o espetáculo. E a cada ensaio, a cada conversa, a cada cena, a história foi crescendo… atravessando linguagens, tocando corações. E ver a educação acontecendo através da arte me emociona profundamente.
O sorriso da foto acima não nega a felicidade, o sentimento de realização… Porque acredito no que é feito com verdade.
Acredito que um livro pode se tornar dança. E que a dança pode se tornar um caminho para falar de sentimentos — com leveza, beleza e poesia.
E mais: acredito na formação do leitor que começa muito antes da leitura fluente.
Começa quando o livro é apresentado com afeto, quando a história é vivida no corpo, quando o texto se transforma em gesto, som e imagem. Integrar as artes nesse processo é plantar muitas sementes de curiosidade, empatia e imaginação. É fazer com que as crianças não apenas queiram ler, mas que sintam prazer em ler, que se vejam nas histórias — e queiram continuar vivendo dentro delas.
Se você também acredita nisso, fica o convite para mergulhar nesse universo comigo.
Assista ao espetáculo. Leia o livro. Ouça a música. E, se puder, compartilhe essa história.
Que possamos, juntos, continuar transformando o mundo com arte, sensibilidade e afeto.
Ouça a música “A Vida é um Palco” em todas as plataformas:
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Conheça meus outros livros:
Maroca, a Bailaroca em: os elementos mágicos da Tia Cuca: https://loja.uiclap.com/titulo/ua42223/?srsltid=AfmBOorxJaqs_uXyWluQbeElRfg3GZn0UTymyZ1BIUKaQ3AttCYbuko9
Ballet: métodos e corpos: https://clubedeautores.com.br/livro/ballet-metodos-e-corpos
Ballet: rítmica e movimento: https://clubedeautores.com.br/livro/ballet-ritmica-e-movimento